Uma responsabilidade imensa,comunicar-me com um universo desconhecido por minha personalidade tímida e pacata. espero que pacientemente me entendam.

sábado, 25 de agosto de 2007

O ARTISTA

O ARTISTA

Uma revista jogada ao acaso
Sobre um tapete,
Um jornal velho se desfolhando ao vento
Um cinzeiro transbordando
Uma noite insone,
Uma garrafa de vinho vazia
Uma tela em branco
Cheia de imagens invisíveis,
Palavras inexistentes,
A dor e os prazeres da vida.

O retrato de minha cadela
Pintado a óleo,
E que nunca chegou ao segundo cio
Confirma a minha solidão
E o amor hipócrita dos homens.
O pessimismo,
O sorriso da criança morta
A vida inerte e sempre igual.

E o artista como um cego
Vê apenas o que esta no esquecimento.

2 comentários:

Anônimo disse...

tuas telas,
teus poemas,
ás vezes quero lembrar,
teus gestos,
precisos
perfeitos
conclusos.
como teus traços
nas telas
nos poemas.
tessituras várias em
meio ao vinho,á insônia,á fumaça...
tuas palavras
pele
sons
cores
luzes
transpondo aquele
instante
aquele
silêncio
que antecede
teus poemas
tuas telas

ass.bentivi em olinda

Anônimo disse...

em agosto, um passado agosto, 2007, o artista lembra de Cigana, e com essa lembrança vem à tona tudo de mal que o tal do humano é capaz de cometer, de ser.
fico sempre extasiada com a capacidade dele, o artista em transpor a lembrança, em traspor os silêncios, os amargos em tanta arte, seja em cores, seja em palavras. amo muito seu fazer.