DELANO

Uma responsabilidade imensa,comunicar-me com um universo desconhecido por minha personalidade tímida e pacata. espero que pacientemente me entendam.

sábado, 15 de setembro de 2007

TENHO MEDO DA MORTE

TENHO MEDO DA MORTE
Delano
Tenho medo da morte
como se fosse o medo da ultima verdade.
Sempre vivi no meio da mentira
pois foi com ela que aprendi a distinguir Deus.
Sem a mentira jamais saberia diferenciar
o bom do mau
Hoje aos 102 anos, ainda tão longe de tudo,
me sinto infantil
Não tendo em nada aprendido das coisas terrenas,
como poderei enfrentar
as desconhecidas faces da morte.
Em vôo plano,
a morte cobre a louca de flores secas e lama fétida.
A sombra sufocada pela luz do dia
ia pelos caminhos
sob os sons dos sinos
batendo, batendo, correndo, saltando e cantando.
Era um funeral de insanas almas
acompanhando a morta
e da própria morte na sua dimensão representada. Parecendo uma fuligem fina e escura.
São historias não contadas.
Ninguém viu.
Assim foi.
Aquela triste lembrança
se torna em energia pura,
linda, grotesca forma.
Digo, porque nasci nesse dia.
Passando... lá vai o enterro só de loucos.
A morte representada e de um bom humor incrível.
Parece um santo... de manto

SOFRER SOMENTE

SOFRER SOMENTE
Delano


Uma tristeza tão grande me domina
A alma que se ausenta, inerte e fria
Seguindo um rumo incerto e negro
D’um destino invisível e sem caminho.
Não retornarei jamais por não ter ido,
Com meus pés, feridos e ausentes.
No caminhar sobre pedras e lama
Formada pelas lagrimas do sofrimento
E dor constante de tua ausência

Não vejo montanhas nem abismos
Cujo horizonte inviso, sem norte.
Caminhos inexistentes
Sem vida e morte sem o cheiro
Do teu corpo que nunca tive
Teu amor extremamente belo
Meu amor grande e sofrido
Por não ter sido vivido nunca.

Surgirás um dia em minha frente
Com a intensa luz que brilha de teus olhos
Ofuscando-me os olhos cegos
Fazendo-me verter lagrimas ausentes
Sorrir, boca sem dentes
Sofrer somente.

QUE SEJA


QUE SEJA

Delano




Que sejas assim como sempre fostes
Tomando o rumo desconhecido,
Procurando-me, o destino
Incerto e vago, pois não existe a luz,
Nem o caminho, nem o amor.
Somente a inexistência da memória.

Quando vens ante mim, e choras
Por te fazer infeliz e solitaria,

Nas tardes iluminadas por velas
Dançarinas, tremulas,....
Sem ódio e sem romper as pedras,
E eu me desfaço em risos

Saio descompassado me partindo em trevas
E cego pela excessiva luz,
Me perco pelos caminhos do caos

Sejas assim, como fostes ate agora
Um vôo irrevelado sobre o voo

VELAS ILUMINADAS

VELAS ILUMINADAS
Delano
Quando vens ante mim, e choras
Por te fazer infeliz e solitaria,
Nas tardes iluminadas por velas
Dançarinas, tremulas,....
Sem ódio e sem romper as pedras,
E eu me desfaço em risos

Saio descompassado me partindo em trevas
E cego pela excessiva luz,
Me perco pelos caminhos do caos

Sejas assim, como fostes ate agora
Um vôo irrevelado sobre o voo

A HORA MARCADA

A HORA MARCADA
Delano



Marcando a hora
passa
o tempo
a vida acaba
sem sentir
a dor do nada
ate o fim

Da linha
traçada, continuada
cortada assim,
como a existência finda,
e eu não a vi tão próxima
da morte
vagas lembranças
trago na alma doce
recordação
de meu pai e de ti
de quem bebo a fria imagem
do amor.

Quero-te
Amar solitariamente
Alcançar o mundo
Eternamente
Viver
Ou morrer somente.

O PECADOR

O pecador
(Delano)

Quero pecar sempre.
Para sempre pedir perdão
Sentir a alma limpa, sempre.

Quando desejar o amor do próximo
Pecarei por amar em segredo
Um sentimento lindo e imenso
Sofrendo o degredo, o exílio
De quem sofre sem deixar sofrer
Mas que se sente perto no infinito

Olharei a passagem das nuvens
Por não suportar ver o chão que piso.
Procurarei o calor em teu frio querer
Pois, ao não saberes que te quero
Beijas minha boca como a de um pai morto

Tua beleza, tão rara, misteriosa, iluminando
O meu caminho ate a dor de quem não conseguira
Tocar teu corpo e o cetim de teu ventre
Como gostaria que fosse, real e puro
Como a eternidade de minha efêmera existência.
Peco por que te amo....


ILUMINURA

ILUMINURA
Delano

A janela aberta ao som louco das mentes perturbadas, sempre os loucos, morto entre ramas e flores secas perfumadas. A visão de passos iluminados por tanta luz, que a sombra me sufoca e me repele para a verdadeira dimensão dos loucos. Sempre os loucos...

É o barato do dia e esse vai parecer muito legal.

Linda a casa daquele gordo, tomando uisque no carro, de chofer de uniforme ridículo.

São úteis inúteis. Ser útil não é fazer muito de nada ou um pouco de tudo. Viver se desculpando pela gordura, envergonhado por sua riqueza desonesta, exercitando sua paralisia moral enquanto engendra seu próximo golpe. Aquele porco não vai nunca encontrar na mente o que destrói da natureza. Trabalha até a sincope, (vide a carranca vermelha) puro embotamento cerebral.

Diabos!... e o som que eu pedi ( sinal de interrogação). Por esses malditos pensamentos é que vivo levando topadas pelas pedras da vida.

O cérebro parado, guarda apenas sinais característicos de raciocínios e reflexos rápidos.
Um cérebro desse, grandemente condicionado é capacitado às vezes de tramar coisas fantásticas, enriquecendo suas burras mas empobrecendo a alma e o corpo.

O som perdido onde andara (acento agudo e de interrogação) O som que cantava sobre o enterro de uma louca feito por loucos, que loucura...
E o pensador será útil, (pergunta)... Là vem novamente eu pensando... “tamos fodidos”.